sábado, 9 de abril de 2011

Fiasco tipo importação: os gringos que não deixaram saudades no Brasil

Nem só de Conca, Montillo, D`Alessandro e Petkovic vive o futebol brasileiro. Muitos estrangeiros já fracassaram por aqui

Há alguns anos, o recente interesse do Corinthians em Seedorf provavelmente seria ridicularizado como mais uma das ‘viagens’ dos dirigentes brasileiros. Hoje, porém, os tempos são outros. A soma da proximidade da Copa do Mundo, com a valorização da moeda brasileira, e os altos salários pagos pelos clubes do país mudaram essa perspectiva. Não só medalhões tupiniquins desembarcaram no Brasil, mas vários estrangeiros a todo momento também chegam para tentar a sorte no futebol brasileiro.
Exemplos de sucesso recente não são poucos. Tevez brilhou no Corinthians, Petkovic entrou para a história do Flamengo, Lugano é ídolo e sonho do São Paulo, Guiñazu e D´Alessandro são símbolos do Internacional, Montillo é o craque do Cruzeiro, e Conca idolatrado no Fluminense.
Mas nem só de grandes lances e boas lembranças ficaram marcadas as passagens de estrangeiros no futebol brasileiro. Para cada caso de sucesso exitistiram várias desilusões. Gringos que desembarcaram com toda a banca, promessa de gols e títulos, mas nunca vingaram no país do futebol.
O próprio Loco Abreu – maior ídolo do atual Botafogo – tem um passado obscuro no Brasil. Em 1998, defendeu o Grêmio, mas não deixou saudade no Olímpico. Em 2011, os argentinos Cavenaghi (Internacional) e Botinelli (Flamengo) são bons exemplos negativos. Estão há pouco tempo no país e ainda podem queimar a língua de muita gente. Até o momento, não apresentaram seus cartões de visita e amargam a reserva em seus clubes.


 

Relembre abaixo alguns casos de muitas promessas e pouca bola.

Maxi Biancucchi
, Flamengo (2007 - 2009)


Desembarcou na Gávea em 2007 como o ‘primo de Messi’. Até começou bem. Em sua primeira partida como titular, foi herói de um Fla-Flu. Aos poucos, porém, perdeu espaço e virou um eterno reserva. Apesar de ter saído sem deixar saudade, fez parte do grupo que conquistou dois estaduais e um Brasileiro pelo Flamengo.
Por onde anda?
Em 2010, rescindiu com o Flamengo e acertou com o Cruz Azul, do México. Atualmente, defende o Olímpia, do Paraguai, onde vem agradando, mas não é titular absoluto.
É um jogador que desequilibra. É reserva, mas tem entrado durante os jogos e sua contribuição tem sido muito boa. No último clássico, contra o Cerro Porteño, deu o passe para o gol da vitória por 2 a 1. Não sei se enfrenta algum problema físico, pois não emplaca como titular”, Jorge Reis, repórter do diário paraguaio ABC.

Defederico, Corinthians (2009 - 2010)
O Corinthians o contratou como o ‘novo Messi’, e o marketing do clube logo o deu a camisa 10. No entanto, o meia argentino nunca emplacou no Timão e chegou a disputar jogos pelo time Sub-23 em 2010.

No início do ano, foi emprestado ao Indenpendiente por um ano. Logo em sua estreia, marcou o gol que garantiu o clube argentino na fase de grupos da Libertadores. Voltou a ser convocado para a seleção argentina.
No Brasil, todos estão cientes de suas características. No entanto, a instabilidade do Indenpendiente não tem o favorecido. Jogando com entusiasmo e compromisso, ele tem trabalhado em diferentes partes do ataque. Mas se você me perguntar se ele tem se destacado, a resposta é muito menos do que se pensava anteriormente” – Fernando Pacini, comentarista da TyC Sports.

Leandro Zárate, Botafogo (2008)


Artilheiro da Segunda Divisão da Argentina com 19 gols em 2007, Zárate foi contratado para ser titular. A expectativa dos alvinegros era que ele pudesse repetir em General Severiano as atuações de seu xará Mauro Zárate, argentino da Lazio. Entretanto, logo em sua apresentação, a torcida percebeu um probleminha: uns quilos a mais. O ‘auge’ do fracassado casamento com o Glorioso aconteceu quando Zárate sumiu do clube e, quando apareceu, se disse chateado pelo constante atraso de salários. No Rio, é mais lembrado pelos credores do que pelos torcedores.
Por onde anda?
Retornou à Argentina em 2009. Hoje, disputa a Segunda Divisão pelo Santa Fé - atual líder da competição -, mas os problemas com o peso continuam.
Na Argentina, Zárate é conhecido como Cancha (Porco) por sua predisposição para o sobrepeso. No Santa Fé, jogou em 17 jogos e marcou 3 gols. Alguns problemas disciplinares têm conspirado contra. Por exemplo, perdeu o treino na última segunda-feira, voltou e pediu desculpas. Por esses contratempos habituais, seu potencial e qualidade, não correspondem com seu presente. Hoje, não é titular de seu time” – Fernando Pacini, comentarista da TyC Sports.






Pablo Armero, Palmeiras (2009 - 2010)



Não se pode dizer que Armero não foi bem no Brasil. Lateral raçudo e veloz, teve um bom início no Palmeiras em 2009. Entretanto, teve uma grande queda e chegou chorar após ser substituído por Muricy Ramalho em um jogo. Sua principal ‘contribuição’ ao futebol brasileiro foi uma dancinha que fez na comemoração de um gol contra o Santos, no Paulistão 2010. A dança ficou conhecida como ‘Armeretion’
Por onde anda?
“Chegou ao Udinese (em 2010) e vem sendo bem aproveitado pelo técnico Francesco Guidolin. Como é um lateral de força, seu estilo se encaixa no futebol italiano. Deu sorte de entrar em um time que, se não é um dos grandes da Itália, possui uma base formada há um bom tempo e que faz boa campanha no Calcio brigando por vaga na Champions e tudo mais. Titular, fez dois gols e deu duas assistências na temporada”
– Marcos Felipe – repórter de futebol internacional do GLOBOESPORTE.COM


 

 

 

 

 

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