terça-feira, 28 de junho de 2011

Carpegiani e sua ousadia irresponsável.

A linha que separa o arrojo da irresponsabilidade é tênue, muito tênue.
Paulo Cesar Carpegiani quis ser arrojado no clássico, mas foi  irresponsável. Uma derrota que seria absolutamente aceitável por 1, 2 a  0, se transformou em uma humilhação. E o pior, sem necessidade.
Carlinhos Paraíba foi expulso no final do primeiro tempo.
Carpegiani  teve todo o intervalo para recompor o meio-de-campo e voltar para a  segunda etapa com alguma condição de equilibrar a partida, deixar o  tempo passar, irritar o adversário que jogava com um a mais e com  obrigação de vencer um time de meninos, esfacelado e com um a menos.
Mas Carpa optou pela ousadia, que se transformou rapidamente em  suicídio. Manteve três atacantes, todos inúteis, e viu o time ser  engolido pelo rival.
Loucura? Ingenuidade? Eu prefiro a palavra irresponsabilidade.
Uma das  virtudes de Carpegiani é não ter apego ao cargo, jogar pra frente,  buscar a vitória. Mas isso tem um preço, que neste domingo foi muito  alto.
O São Paulo paga com uma mancha (foi a maior  goleada sofrida diante do Corinthians na história) e paga pelo futuro.  Em que situação psicológica estes garotos vão entrar em campo a partir  de agora?
Treinar um time vai além do que buscar a vitória a qualquer custo, por  mais que analistas e torcedores tenham o discurso de que o bom é bola na  rede (do adversário, claro).
Treinar um time é saber somar pontos  quando não se pode perdê-los e saber perder pontos quando isso é quase  inevitável (como era o caso do clássico antes mesmo de a bola rolar).
Uma derrota por 1 ou 2 a 0  ontem estaria tranquilamente creditaca na conta do árbitro pela expulsão  de Carlinhos Paraíba. Uma goleada por 5 a 0 não tem defesa.
Com sua ousadia suicida, Carpegiani aumentou, e muito, o tamanho da derrota.


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